Minhas impressões: O Diário de Anne Frank

Desde de muito cedo a escrita esteve presente na minha vida. As palavras sempre foram uma forma mais fácil para expressar as minhas emoções, mesmo quando eu escrevia tudo errado. Por isso, sempre amei muito ter diários e registrar os momentos alegres e triste da minha vida. 

É claro que não mantive durante muito tempo a escrita sistemática em diários, mas vez ou outra coloco no papel ou em uma página em branco os meus sentimentos. Mas por se tratar de algo muito pessoal, não tenho o hábito de ler diários de outras pessoas, mesmo quando estes são publicados em livros. Sinto que estou invadindo um espaço que não é meu, ainda assim, claro que eu li alguns famosos e hoje vim falar sobre o Diário de Anne Frank.

Neste caso, não sinto que estou invadindo, já que ela própria manifestou o desejo de que ele fosse publicado. 

De alguma forma o Diário de Anne Frank sempre esteve presente na minha vida. A minha primeira tentativa de leitura ocorreu quando eu estava na quarta série. Nessa época eu tinha curiosidade em saber sobre a vida daquela menina que mesmo tão nova teve que enfrentar um momento muito trágico na história mundial. Obvio que eu não consegui avançar muito na leitura. 

Eu era muito nova para compreender todo aquele universo e hoje fico pensando que se para mim que não vivi aquilo pensar naquela situação era complicada, imagine para quem sofreu na pele. Deixei a leitura para um outro momento. 

Tem uns quatro anos que pedi o livro de presente para a minha mãe e ela atendeu ao meu pedido. Li imediatamente e me senti muito tocada principalmente ao final da leitura. Anne Frank quando inicia o seu diário é apenas uma jovem garota e expõe diversas situações que ocorrem em seu dia-a-dia antes e durante o Holocausto. 

Ao final do ano passado decidi retornar a leitura para um projeto da iniciação cientifica e percebi como o meu olhar sobre esse livro se modificou. 

Tive que ler juntamente outros dois diários de mulheres que assim como Anne Frank tiveram que passar por esse trágico momento. A diferença entre essas duas e a Anne Frank é que desde o inicio elas enfrentaram os campos de concentração, não tiveram um esconderijo, por isso as suas vivências e olhares para a guerra são distintos. Outra diferença é que o final da guerra essas duas mulheres sobrevivem. 

O que me toca no confessionário de Anne é que ela nos relata os seus sentimentos mais íntimos. Claro que ela relata tudo sobre o seu ponto de vista e as vezes ficamos pensando: será que foi dessa forma que realmente aconteceu esse fato? Mas há muito sentimento. Ela nos expõe suas alegrias, descobertas sobre sexo, seus primeiros romances, o relacionamento com os pais e com os moradores do anexo secreto. Mas principalmente, o medo de ser descoberta pelos nazistas. 

É um livro bonito porque ela não relata apenas tristeza, mas suas pequenas alegrias, suas esperanças para o futuro, o desejo de se tornar uma escritora e o momento que ela deseja que o seu livro seja publicado tornando-se um documento histórico. 

Ao ler o diário eu fico pensando que realmente perdemos uma grande escritora, mas fico feliz de podermos ler pelo menos um pouquinho sobre quem foi a Anne Frank e ter esse maravilhoso documento para nos fazer lembrar que não podemos deixar que essa história se repita. 


Narrativas do chá



Para o Diário de Anne Frank o chá escolhido o de Frutas Vermelhas da Twinings.

Dos chás que tenho em casa esse talvez seja o meu favorito e fico tentado economizá-lo. É um chá preto bem delicioso, com um toque doce bem na medida. 

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