35 antes dos 35 anos / Post 1

Eu no Real Gabinete de Leitura


Já têm alguns anos que me tornei uma colecionadora de livros. Sempre gostei de ler, mas só comecei a comprar os meus livros quando fiz estágio pela Prefeitura de Belo Horizonte. A minha coleção iniciou-se de forma tímida e contida, comprava apenas quando terminava de ler o que já tinha, e assim, todos os livros da minha biblioteca haviam sido lidos. 


Ao entrar na faculdade de comunicação segui essa regra durante um tempo, porém quando estava quase finalizando o estágio e sem perspectiva de contratação, comecei literalmente a acumular livros. Não leia acumular de uma forma pejorativa. Eu sempre comprei pensando realmente no que iria ler durante o tempo que ficasse sem trabalhar. A ideia era ter livros sempre, para não precisar ir com muita frequência à biblioteca, já que ela é longe de casa. A ideia de não ter nada para ler sempre me desesperou.


Na época todos os meus livros ficavam guardados no meu livreiro, porém, com o passar do tempo essa coleção aumentou de uma forma tão gigantesca que tive que recorrer à uma caixa organizadora para guardar alguns títulos, e assim, perdi as contas de quantos livros tenho. 


Ao longo desses anos todos a minha biblioteca passou por constantes modificações, e acredito que essas ainda vão ocorrer muitas vezes. Acredito que isso faz parte de qualquer biblioteca. 


Alguns títulos foram trocados, outros vendidos e outros doados. Decido manter apenas aquilo que realmente tem alguns significado na minha vida, foi lido e talvez será relido, ou o que realmente quero ler. Decidi me inspirar no vídeo Biblioteca Básica da Jota Pluftz e manter só o que realmente selecionei, pois como ela mesma disse: uma biblioteca não é um amontoado de livros, mas uma seleção de títulos. 


Ao final do ano passado, inspirada pela minha amiga Karen, decidi ter real noção de quantos títulos tenho em casa, e quantos desses eu li. Comecei assim o meu inventário, mas por algumas dificuldades, ele ficou parado até a semana passada. No meio desse processo criei uma lista de 35 coisas para fazer antes dos 35 anos e uma das metas era terminar de catalogar os meus livros. 


Na semana passada finalmente terminei esse processo e me senti muito gratificada. Retirei mais alguns títulos para doação, e descobri que apesar de ter muitos títulos não lidos, tenho muito mais lidos. Foi um processo de autoconhecimento, pois vi o que realmente tenho amado ler, e também um processo de conhecer a minha biblioteca, além de movimentá-la.


Se você tem alguma coleção, não perca mais tempo e faça um inventário dela. Acredite, vale muito a pena.


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