O AMOR E A FORMA COMO O COMPLICAMOS



Já tem algum tempo que venho refletindo sobre a dificuldade que as pessoas têm de assumir os seus sentimentos. Eu mesma a tenho. E muitas vezes esses sentimentos que não assumimos é o amor. Temos dificuldade em demonstrar que amamos. Ou melhor, não queremos demonstrar o amor.

No meu caso, eu não gosto de demonstrar que amo (no caso não estou falando do amor familiar) por não querer mostrar uma fragilidade. Mas muitas pessoas também não assumem o amor pelos mesmos motivos e isso resultado em jogos com o sentimento do outro.

Demoramos para responder mensagens, fingimos que o outro não existe, demonstramos indiferença, e muitas vezes recorremos até à falsa raiva. E os que como os antigos continuam cantando o amor, são os fracos.

E com isso, fomos apenas complicando o amor e até tirando do homem a possibilidade de amar. Afinal, a fraqueza está sempre intimamente ligada ao feminino. Você já reparou que as histórias de amor são sempre uma mulher que ama e não é correspondida? Ou uma mulher que está à espera ou em busca do amado? E tem até mesmo aquela que precisa ser resgatada pelo o ser amado. 

Já dizia Barthes que o discurso do amor é algo que se fala sozinho, afinal, quem tem coragem de assumir que ama? 

A minha dica de hoje é: vamos andar na contramão. Amar ao contrário do que muitos pensam exige força e coragem. Coragem para nos permitir entrar em contato com o outro e força para nos deixar sentir as dores do amor. Descompliquemos o amor! 

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4 comentários

  1. Parabéns! Estou adorando as crônicas. =D

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    1. Fico muitoo feliz que esteja gostando. Tomara que o ritmo de produção continue por aqui.

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  2. Verdade!!! Belo texto que nos faz refletir...

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    1. E tomara que ele nos ajude a descomplicar um pouquinho o amor.

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